Detalhe do Case

Prêmio Caio 25ª Edição

Case: Viva Carmen

VIVA CARMEN

Candidato: Núcleo da Ideia
Cliente: Museu Carmen Miranda
Segmento: Eventos
Categoria: Mostra e Exposição

A exposição "Viva Carmen" celebra a reabertura do Museu Carmen Miranda, um espaço icônico que preserva a memória da notável artista luso-brasileira que encantou o mundo. Organizada pela FUNARJ, com curadoria de Ruy Castro e Heloisa Seixas, a exposição mergulha na vida e carreira de Carmen Miranda, desde seus primeiros passos na música e cinema no Brasil até sua consagração em Hollywood.

Inaugurado em 1976 e projetado por Affonso Eduardo Reidy, o Museu Carmen Miranda é um marco cultural no Parque do Flamengo, Rio de Janeiro. A reabertura com a exposição "Viva Carmen" representa um renascimento para a instituição sob a gestão da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ) e reafirma o compromisso do estado em promover o legado de Carmen Miranda.

A exposição exibe um acervo selecionado de figurinos icônicos, fotografias raras, objetos pessoais e registros históricos, proporcionando uma experiência rica e emocionante. A curadoria destaca o impacto cultural de Carmen Miranda e sua importância como símbolo da brasilidade no cenário internacional.

"Viva Carmen" é uma exposição de longa duração que busca atrair tanto o público geral quanto especialistas em música e cinema. A reabertura incluiu uma performance da cantora Juliana Maia, marcando o início de um novo capítulo para o museu.

O projeto, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar de especialistas em museologia, conservação, design, cenografia e iluminação, oferece uma experiência sensorial completa. Cada detalhe, desde a concepção do espaço até a narrativa expográfica, foi pensado para exaltar o legado de Carmen Miranda, conduzindo os visitantes por uma jornada desde sua infância até sua consagração mundial.

Este projeto não só revive a memória de Carmen Miranda, mas também posiciona o Museu Carmen Miranda como um ponto de referência cultural no Rio de Janeiro, reforçando sua relevância no cenário cultural nacional e internacional.

Ficha Técnica:

  • Governo do Rio de Janeiro
  • Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro
  • FUNARJ
  • Curadoria: Ruy Castro e Heloisa Seixas
  • Projeto Expográfico: Israel Nunes Arquitetura
  • Direção de Arte: Verônica Valle
  • Produção: Núcleo da Ideia
  • Fotografia: Rogério von Krüger
  • Registro Videográfico: Mundo Berriel

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O projeto "Viva Carmen" nasceu de um desafio significativo: reabrir o Museu Carmen Miranda após anos de inatividade e desinteresse público, revitalizando-o como um centro cultural relevante no Rio de Janeiro e um símbolo da memória da artista luso-brasileira mais icônica de todos os tempos. A exposição, sob a responsabilidade da FUNARJ, enfrentou a tarefa de não apenas restaurar o espaço físico do museu, mas também reposicionar a imagem de Carmen Miranda no imaginário popular, especialmente para as novas gerações que talvez não conhecessem a profundidade de seu legado.



A principal meta estabelecida foi transformar o Museu Carmen Miranda em um destino cultural atraente e vibrante, capaz de gerar um fluxo contínuo de visitantes e de se consolidar como um espaço de referência sobre a vida e obra da artista. Para isso, o projeto deveria criar uma exposição de longa duração que fosse tanto educativa quanto envolvente, despertando o interesse do público através de uma experiência imersiva que combinasse elementos visuais, sonoros e narrativos.



Além disso, havia o desafio de manter a autenticidade e o respeito à memória de Carmen Miranda, garantindo que a exposição não se limitasse a uma celebração superficial, mas que também contextualizasse sua relevância histórica e cultural. Isso envolvia a seleção cuidadosa dos itens a serem exibidos, como figurinos, fotografias e objetos pessoais, bem como a criação de uma narrativa que refletisse a complexidade de sua vida e carreira.



Outro aspecto crucial foi a necessidade de atrair uma diversidade de públicos, incluindo turistas, estudantes, pesquisadores e residentes locais, cada um com expectativas e interesses diferentes. O objetivo era garantir que a exposição fosse acessível e significativa para todos, independentemente de seu conhecimento prévio sobre Carmen Miranda.



A reabertura do museu também foi planejada para coincidir com uma data significativa – o aniversário de morte de Carmen Miranda – o que adicionou uma camada de sensibilidade ao projeto. O evento de reabertura precisava ser um tributo à altura de sua memória, mas também uma celebração de sua vida e legado.

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Para enfrentar os desafios identificados, a equipe responsável pela exposição "Viva Carmen" desenvolveu uma estratégia abrangente que uniu inovação, respeito pela história e uma abordagem inclusiva e colaborativa.



O primeiro passo foi realizar uma profunda pesquisa sobre a vida e a carreira de Carmen Miranda, com o objetivo de selecionar os itens que melhor representassem sua trajetória. A curadoria, conduzida por Ruy Castro e Heloisa Seixas, focou em criar uma narrativa coesa que abrangesse desde os primeiros anos de Carmen no Brasil até seu estrelato internacional. Essa pesquisa minuciosa resultou na seleção de figurinos icônicos, fotografias raras, objetos pessoais e registros históricos que capturam a essência da artista.



Em termos de design expográfico, o projeto liderado por Israel Nunes Arquitetura teve como foco criar um espaço que fosse ao mesmo tempo reverente e dinâmico. O Museu Carmen Miranda, projetado por Affonso Eduardo Reidy, passou por uma cuidadosa revitalização para melhorar a acessibilidade e a experiência dos visitantes, sem comprometer a integridade arquitetônica original. A exposição foi organizada em seções temáticas, cada uma explorando diferentes aspectos da vida de Carmen Miranda, desde suas raízes portuguesas até seu impacto na cultura popular global.



A criação de uma atmosfera envolvente foi um aspecto central da solução. O projeto luminotécnico, realizado pela Art & Luz sob a direção de Rogério Emerson, utilizou a iluminação para destacar os itens em exposição e criar uma experiência sensorial que transportasse os visitantes para os ambientes que marcaram a vida de Carmen, como o Cassino da Urca e os palcos da Broadway. Além disso, a exposição incorporou elementos audiovisuais, como gravações de performances e entrevistas, que permitiram aos visitantes ouvir a própria voz de Carmen e as músicas que a tornaram famosa.



Para garantir a acessibilidade e inclusão, a equipe desenvolveu um projeto educativo e de acessibilidade que incluiu intérpretes de Libras, locuções descritivas, e textos em inglês e espanhol, tornando a exposição acessível a um público mais amplo. A colaboração com a JDL Traduções, sob a coordenação de Davi de Jesus, foi crucial para garantir que todos os visitantes, independentemente de suas necessidades, pudessem desfrutar plenamente da exposição.



A divulgação e promoção da exposição também foram cuidadosamente planejadas. A equipe de produção, coordenada pelo Núcleo da Ideia, organizou uma campanha de comunicação que incluiu parcerias com veículos de mídia e a criação de conteúdo para redes sociais, focando em atrair tanto o público local quanto turistas. A abertura da exposição, marcada por uma performance da cantora Juliana Maia, foi um evento de grande destaque que atraiu atenção da imprensa e do público, consolidando o sucesso inicial do projeto.



Por fim, a gestão eficiente dos recursos e o cumprimento do cronograma foram cruciais para o sucesso do projeto. A coordenação da produção envolveu reuniões regulares entre as equipes, com um monitoramento constante do progresso para garantir que todos os aspectos da exposição fossem concluídos a tempo e dentro do orçamento.

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A exposição "Viva Carmen" alcançou resultados notáveis, superando as expectativas e atingindo todos os objetivos estabelecidos no briefing. Desde a sua abertura, a exposição tem atraído um público diversificado e numeroso, reafirmando a relevância de Carmen Miranda para a cultura brasileira e internacional.



Um dos principais indicadores de sucesso foi o número de visitantes. Nos primeiros meses após a reabertura, o Museu Carmen Miranda recebeu um fluxo constante de visitantes, com uma média que superou em 30% as estimativas iniciais. Esse aumento pode ser atribuído à eficaz estratégia de comunicação e marketing, que utilizou tanto mídias tradicionais quanto digitais para promover a exposição. Além disso, a repercussão na imprensa e nas redes sociais contribuiu para amplificar o alcance da exposição, atraindo visitantes de outras localidades.



A resposta do público também foi extremamente positiva. Os visitantes elogiaram a qualidade da curadoria, o design expográfico, e a atmosfera imersiva criada pela combinação de elementos visuais e sonoros. Muitos destacaram a importância histórica e cultural da exposição, ressaltando como "Viva Carmen" contribuiu para uma compreensão mais profunda da vida e obra de Carmen Miranda.



Outro aspecto significativo foi o impacto educacional da exposição. O projeto educativo e de acessibilidade atingiu seus objetivos de tornar a exposição inclusiva para todos os públicos. Escolas e universidades se mostraram particularmente interessadas em visitas guiadas, utilizando a exposição como uma ferramenta para explorar temas como cultura popular, história do Brasil e o papel das mulheres na mídia e no entretenimento. O sucesso desse aspecto educacional foi evidenciado pelo aumento na demanda por visitas agendadas e pela participação ativa dos visitantes nas atividades propostas.



Em termos de legado, a exposição "Viva Carmen" revitalizou o Museu Carmen Miranda, posicionando-o novamente como um importante centro cultural no Rio de Janeiro. A renovação do museu, aliada à qualidade da exposição, contribuiu para fortalecer a identidade cultural do Rio de Janeiro e promover o turismo cultural na cidade. Além disso, o projeto criou novas oportunidades para colaborações futuras com instituições interessadas em promover exposições similares ou eventos em parceria.



Do ponto de vista financeiro, o projeto também demonstrou ser sustentável. A bilheteria, juntamente com o apoio de patrocinadores e parceiros, garantiu a viabilidade econômica da exposição, permitindo que ela continuasse em cartaz por um período prolongado e que fossem realizadas manutenções periódicas no acervo exposto.



Em conclusão, a exposição "Viva Carmen" não só alcançou seus objetivos, mas também estabeleceu um novo padrão de qualidade para exposições culturais no Brasil. O impacto cultural, educacional e financeiro do projeto demonstra seu sucesso e justifica sua candidatura ao Prêmio CAIO na categoria Mostra e Exposições.