Para enfrentar os desafios identificados, a equipe responsável pela exposição "Viva Carmen" desenvolveu uma estratégia abrangente que uniu inovação, respeito pela história e uma abordagem inclusiva e colaborativa.
O primeiro passo foi realizar uma profunda pesquisa sobre a vida e a carreira de Carmen Miranda, com o objetivo de selecionar os itens que melhor representassem sua trajetória. A curadoria, conduzida por Ruy Castro e Heloisa Seixas, focou em criar uma narrativa coesa que abrangesse desde os primeiros anos de Carmen no Brasil até seu estrelato internacional. Essa pesquisa minuciosa resultou na seleção de figurinos icônicos, fotografias raras, objetos pessoais e registros históricos que capturam a essência da artista.
Em termos de design expográfico, o projeto liderado por Israel Nunes Arquitetura teve como foco criar um espaço que fosse ao mesmo tempo reverente e dinâmico. O Museu Carmen Miranda, projetado por Affonso Eduardo Reidy, passou por uma cuidadosa revitalização para melhorar a acessibilidade e a experiência dos visitantes, sem comprometer a integridade arquitetônica original. A exposição foi organizada em seções temáticas, cada uma explorando diferentes aspectos da vida de Carmen Miranda, desde suas raízes portuguesas até seu impacto na cultura popular global.
A criação de uma atmosfera envolvente foi um aspecto central da solução. O projeto luminotécnico, realizado pela Art & Luz sob a direção de Rogério Emerson, utilizou a iluminação para destacar os itens em exposição e criar uma experiência sensorial que transportasse os visitantes para os ambientes que marcaram a vida de Carmen, como o Cassino da Urca e os palcos da Broadway. Além disso, a exposição incorporou elementos audiovisuais, como gravações de performances e entrevistas, que permitiram aos visitantes ouvir a própria voz de Carmen e as músicas que a tornaram famosa.
Para garantir a acessibilidade e inclusão, a equipe desenvolveu um projeto educativo e de acessibilidade que incluiu intérpretes de Libras, locuções descritivas, e textos em inglês e espanhol, tornando a exposição acessível a um público mais amplo. A colaboração com a JDL Traduções, sob a coordenação de Davi de Jesus, foi crucial para garantir que todos os visitantes, independentemente de suas necessidades, pudessem desfrutar plenamente da exposição.
A divulgação e promoção da exposição também foram cuidadosamente planejadas. A equipe de produção, coordenada pelo Núcleo da Ideia, organizou uma campanha de comunicação que incluiu parcerias com veículos de mídia e a criação de conteúdo para redes sociais, focando em atrair tanto o público local quanto turistas. A abertura da exposição, marcada por uma performance da cantora Juliana Maia, foi um evento de grande destaque que atraiu atenção da imprensa e do público, consolidando o sucesso inicial do projeto.
Por fim, a gestão eficiente dos recursos e o cumprimento do cronograma foram cruciais para o sucesso do projeto. A coordenação da produção envolveu reuniões regulares entre as equipes, com um monitoramento constante do progresso para garantir que todos os aspectos da exposição fossem concluídos a tempo e dentro do orçamento.