PANORAMA DA CULTURA EXPORTADORA DO DISTRITO FEDERAL
A balança comercial do Distrito Federal apresentou no primeiro semestre de 2017 dois dados positivos:
Vendas externas mais que dobraram (alta de 100,4%), totalizando US$ 154 milhões;
Importações tiveram uma queda de 22,97% para US$ 600 milhões.
Com isso, o déficit nas transações com o exterior foi de US$ 445 milhões. Em todo o ano passado, o fluxo de comércio com Distrito Federal resultou num saldo negativo de US$ 1,326 bilhão.
De janeiro a junho, o DF ocupou a vigésima-primeira posição no ranking dos estados exportadores e o décimo-sexto lugar na relação dos importadores por unidade da Federação. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Os números oficiais mostram forte aumento nas exportações em todas as categorias por fator agregado, à exceção das chamadas Operações Especiais. Graças ao aumento de 166,2%, as exportações de produtos básicos geraram uma receita de US$ 125 milhões e responderam por 81,1% do volume total exportado pelo DF. Com alta de 94,1%, os embarques de produtos semimanufaturados somaram US$ 11 milhões, equivalentes a uma fatia de 7,15% das exportações. Também foi registrado aumento relevante nas vendas de produtos industrializados, que somaram US$ 8,26 milhões, com alta de 34,5% e participação de 5,36% nas exportações totais do DF.
As chamadas Operações Especiais, envolvendo combustíveis para aeronaves e serviços de bordo, sempre tiveram participação importante na balança comercial do Distrito Federal, mas nos últimos anos essa participação vem decrescendo. Isso se deve ao cancelamento de uma série de voos que partiam do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck com destino a países como os Estados Unidos, Argentina e França, entre outros, e que acabaram cancelados.
De janeiro a junho as exportações desses itens tiveram uma retração de 45,9% para US$ 9,9 milhões. Mesmo com a queda, as Operações Especiais foram responsáveis por 6,4% das exportações do Distrito Federal.
Em termos de produtos, a pauta exportadora do DF tem na soja em grão o seu carro-chefe. Graças a uma forte alta de 646,9% nos seis primeiros meses do ano, as vendas da oleaginosa somaram US$ 83,41 milhões, equivalentes a 54% de todo o volume embarcado para o exterior. O segundo principal produto da pauta exportadora foi a carne de frango, no total de US$ 39,43 milhões, com um aumento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado e uma participação de 26% na pauta exportadora. Ouro em formas semimanufaturadas foi o terceiro item mais importante das exportações do Distrito Federal no período. Os embarques ao exterior totalizaram US$ 11 milhões, com alta de 94,1% comparativamente com 2016 e participação de 7,5% no total exportado.
Outros produtos exportados pelo Distrito Federal foram as chamadas Operações Especiais, envolvendo consumo de bordo e óleos combustíveis (US$ 8,96 milhões, com queda de 48,9% e participação de 5,8%) e embutidos de carnes, no total de US$ 6,77 milhões (alta de 52,7% e participação de 4,1% nas exportações).
A balança comercial do DF é tradicionalmente deficitária e esse déficit se deve principalmente ao fato de que as importações de medicamentos realizadas pelo Ministério da Saúde e posteriormente enviados a outras unidades da Federação, são computados como importações locais. No primeiro semestre deste ano as importações de remédios tiveram uma queda expressiva de 20,5% e somaram US$ 478,55 milhões. Ainda assim, foram responsáveis por 80% de todo o volume importado pelo Distrito Federal.
A relação dos principais produtos importados abrange ainda demais produtos manufaturados (US$ 15,5 milhões), energia elétrica (US$15,12 milhões), máquinas automáticas para selecionar, dobrar correspondências (US$ 9,98 milhões).
O incentivo à atividade exportadora deve ser seguido pelo Distrito Federal. Os benefícios para as empresas que vendem ao mercado externo são diversos, tais como, melhoria da cultura administrativa e qualidade dos produtos, diversificação de mercados, ganhos de escala, geração de empregos qualificado e renda.
Frente aos principais estados exportadores, São Paulo (27,76% do total) Minas Gerais (12,76%) e Rio Grande do Sul (9,96%), o Distrito Federal aparece na 24° posição dentre as 27 unidades da federação, o equivalente em 2009 a discretos 0,09% do total, com US$130 milhões.
Neste sentido, o levantamento realizado pela inteligência da APEX-Brasil aponta o potencial exportador do DF: podemos sim ter como meta dobrar nos próximos quatro anos as exportações de produtos produzidos em Brasília, que hoje é basicamente de frangos e peças congeladas dos mesmos, representando 72,5% do total, seguido por soja com 15,6%.
Deve-se aproveitar a proximidade de Embaixadas e Organismos Internacionais, que são fortes fontes de captação e disseminação de oportunidades de negócios, bem como dos ministérios da Economia, Agricultura e Relações Exteriores e grandes bancos estatais, principais entes da formulação de políticas públicas para promoção do comércio exterior.
Por seu reduzido território, o DF pode funcionar como um laboratório de novas políticas para posterior disseminação pelo Brasil.
IMPACTO INSTITUCIONALA realização do Park das Nações oferece apoio ao alcance dos resultados pretendidos no eixo estratégico "desenvolvimento econômico" em pauta no Planejamento Estratégico do Distrito Federal, que objetiva melhorar o posicionamento no ranking de competitividade dos estados; ser a principal referência para atração de turistas, investimentos e negócios e reduzir o desemprego para abaixo da média nacional.
O encontro deverá colaborar para esse fim, à medida que pode:
- Fomentar o desenvolvimento da cultura exportadora do DF e promover o posicionamento de Brasília como HUB de distribuição de produtos e serviços para a região centro-oeste;
- Promover o fortalecimento e crescimento econômico local pela abertura comercial e pela possibilidade de desenvolvimento de novos mercados;
- Criar ambiente de Incentivo às exportações;
- Fomentar a participação das micro e pequenas empresas nos negócios do mercado externo;
- Fomentar o destino Brasília para aumento do fluxo de TURISMO DE NEGÓCIOS;
- Mobilizar os presidentes de entidades técnico-científicas para o processo de captação de eventos internacionais
- Promover o posicionamento de Brasília como portão de entrada para o Brasil Central - turismo;
- Fomentar parcerias entre os destinos para formação de roteiros integrados – turismo;
- Tendo Brasília um dos maiores pólos emissores de turismo, promover a compra de pacotes turísticos em empresas sediadas no DF - promover aumento da arrecadação de ISS (emissão de nota fiscal de empresas sediadas no DF);
Outro impacto para o alcance dos resultados pretendidos na estratégia vigente para o atual governo do Distrito Federal vai de encontro com o eixo de "meio ambiente" que busca ser referência em conservação e qualidade ambiental.
As contribuições se convergem à medida que o encontro poderá:
- Propor o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental para o comércio exterior;
- Fomentar a adoção desses padrões de qualidade ambiental, agregando valores à marca de seus produtos posicionando-os melhor no mercado.Incentivar o desenvolvimento de soluções e caminhos sustentáveis de desenvolvimento por meio do comércio exterior;
IMPACTO INSTITUCIONAL DIRETO:
- Promover o fortalecimento e crescimento econômico local pelo incentivo às exportações
- Promover o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental
- Abertura comercial – novos mercados, ganhos em escala
- Promover a geração de empregos qualificados e renda para o Distrito Federal
- Incentivo às exportações
- Fortalecimento do DF como HUB de distribuição de produtos ee serviços para região Centro-Oeste
- Melhoria da cultura administrativa
- Promover a valorização da auto estima cidadã – orgulho de ser de Brasília!
- Oferecer a população do Distrito Federal a oportunidade de participar de um grande evento cultural sem custo financeiro de ingresso