O DESAFIO
SOBRE O PROJETO
A pandemia do coronavírus trouxe à tona, entre outras coisas, as falhas no atual sistema de coleta de lixo. Embora este ano a Política Nacional de Resíduos Sólidos complete 10 anos, o Brasil está muito aquém de suas metas de não geração e de redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos. Também estão defasadas as metas de incentivo à indústria da reciclagem, com intuito de fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados. Com isso, o Brasil perde a oportunidade de criar empregos – força de trabalho adicional que seria necessária para coletar, separar e recuperar a fração de recicláveis em todo o país.
Ongs como o Espaço Urbano com o apoio de indústrias parceiras, de prefeituras e de associações sem fins lucrativos, como o Cempre, se propõem a buscar soluções criativas para as atuais situações do meio ambiente urbano e é disso que trata o Projeto Recicla Cidades. Um projeto atrelado ao desenvolvimento sustentável, que engloba, não só o meio ambiente, mas também aspectos sociais e econômicos de cada região onde atua. Um projeto de mobilização social com o intuito de aumentar e melhorar a coleta seletiva, o cuidado na separação dos materiais que podem ser reaproveitados contribuindo para a redução do desperdício, além de gerar emprego para muitas pessoas dentro do município.
O piloto foi realizado em 2018 no bairro do Jabaquara em SP com ótima aceitação. Logo após tivemos um pequeno teste em Salesópolis e Guararema – SP que foram muito bem aceitas também. Lançar a segunda fase do projeto (maior e mais complexa) isto é, a expansão para as cidades do Alto Tietê, região leste da capital paulista para atingir aproximadamente 3 milhões de pessoas em 12 localidades, através de evento online, foi desafiador. Nos testes realizados em Salesópolis e Guararema,o evento foi presencial e contou com vários atrativos (A&B diferenciados, brindes, personagens performáticos para mobilizar as atenções, presença de prefeitos e outras autoridades, dentre outros recursos) para prestigiar o público formador de opinião que compareceu em massa em ambas cidades.
Romper as barreiras dos impedimentos de um evento presencial e torná-lo atrativo no formato online, deixou a todos temerosos quanto à participação das pessoas certas para darmos continuidade ao Projeto nas cidades de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Branca, Santa Isabel e Suzano. O prazo para esse lançamento programado já havia expirado (por conta da paralização da pandemia) e tínhamos urgência em lançar a 2ª. fase do Projeto para não perder todo o trabalho feito nos testes.
Em poucos dias, tivemos que apresentar uma solução digital que permitisse que a campanha pré, live e pós-evento pudesse ser compartilhada em computadores, celulares enfim uma plataforma que permitisse a participação de todas as pessoas chaves, mesmo as com pouca intimidade com eventos online.