Desafio:
Frente àquela que foi a nomeadamente a maior pandemia dos últimos tempos, enfrentar o momento de crise econômica, com fechamento temporário das portas e retomada gradual da prestação de serviços, amenizar o impacto econômico e social para o quadro de colaboradores.
Enfrentamento da crise com programa de Responsabilidade social – quarentena, hotéis fechados, preocupação com os colaboradores e busca por soluções
Em março, no início da pandemia, já sabíamos que os líderes de grandes empresas estavam com enormes desafios nas mãos, que passavam desde a sobrevivência do negócio até a administração interna dos times, escalas de trabalho, fechamento das portas temporariamente, entre outros. No caso do Grupo Royal Palm Plaza não foi diferente. O impacto no setor hoteleiro e de eventos foi imediato; a semana do dia 09 de março começou repleta de grandes eventos e terminou sem nenhum deles, e ainda seguida por uma sequência de adiamentos e cancelamentos. No dia 24 de março, o Royal Palm Hall era fechado, com todos os eventos cancelados.
Uma resposta rápida aos colaboradores fazia-se necessária. Transparência e acessibilidade sempre estiveram nas premissas da empresa e precisavam manter-se presente. Já na semana seguinte, de 16 a 21 de março, o Grupo tomou a iniciativa de reunir-se com Sindicato, antevendo a necessidade de realização de um acordo para redução de jornada de trabalho (até então, o Governo Federal não havia se posicionado sobre o assunto). Foram realizados encontros virtuais com 100% dos colaboradores para conscientizá-los sobre esse cenário difícil, que possivelmente de estenderia pelos próximos três meses.
A nova comunicação via lives e webinares reunindo toda a empresa permitiu uma comunicação mais próxima, com uma escuta ativa. O diálogo empresa-funcionário continuou acontecendo em nimeis de proximidade, mesmo sem a presença física, graças à tecnologia e adequação dos gestores.
Na semana seguinte, seria decretada a quarentena do estado de São Paulo (22/03), com adesão de Campinas no dia 23/03. Todos os hotéis do grupo foram fechados em 24/03.
No dia 1º de abril, o Governo Federal lançou a Medida Provisória 936, que trouxe o Benefício Emergencial (BEm) como uma das saídas para empresas e colaboradores. Era o momento de ficarmos mais próximos das equipes neste momento, pois isso mudava o nosso acordo coletivo proposto anteriormente – algo que mudava para melhor, possibilitando que a maioria dos colaboradores recebessem mais que 50% de seus salários, o que era proposta no acordo coletivo junto ao Sindicato.
Com mais de 1000 colaboradores na cas nesse momento, foi necessária uma grande, rápida e eficaz formatação de comunicação interna – afinal, as dúvidas eram muitas, referentes a alterações de acordos, direitos e descontos de benefícios e férias, entre outros.
O momento exige um novo mindset, com ajustes finos. O primeiro passo, no dia 02/04, foi a divulgação de um vídeo nos canais de comunicação online da empresa (e-mail e rede social corporativa), com a diretoria explicando que a empresa optaria por adotar o Benefício oferecido pelo Governo. Um grupo de colaboradores (chamado de Comitê Sindical Interno) participou deste vídeo, a fim de representar o time como um todo e testemunhar a decisão da Diretoria. Vale destacar que este mesmo grupo participou das decisões que envolveram o acordo coletivo citado anteriormente.
Neste mesmo momento foi comunicado que o benefício da Cesta Básica, tratado como prêmio por assiduidade até o momento, passaria a ser dado a todos os colaboradores, independentemente de atestados.
No dia seguinte (03/04), foi realizada uma transmissão ao vivo da Diretoria via YouTube para explicar o que o BEm significaria para a remuneração de todos e esclarecer dúvidas, que os colaboradores encaminharam em tempo real.
No dia 04/04, foi feita a divulgação de um vídeo da Diretoria e Gerentes Gerais, respondendo novamente às principais dúvidas dos colaboradores (tendo como base as perguntas mais frequentes da transmissão ao vivo feita no dia anterior).
Clique aqui para assistir ao vídeo.
Em 06/04, foi realizada a divulgação de um simulador em Excel, para que os colaboradores pudessem simular sua remuneração com a redução de jornada, complemento de salário do BEm e possíveis descontos de planos de acordo com a individualidade de cada colaborador.
A partir desse dia, a equipe de Recursos Humanos passou a organizar plantões especiais de RH para os dias de pagamento, com atendimento remoto; os gestores passaram a entrar em contato com seus colaboradores via Whatsapp para encaminhar as divulgações internas; o RH passou a usar celulares corporativos para atendimento via Whatsapp também (muitos colaboradores não conseguiram nos telefonar por falta de plano de ligação, então o Whatsapp se tornou uma saída); aconteceram reuniões online com áreas administrativas e seus gestores; realização de treinamentos online; rodízio de profissionais de segurança, cozinha e limpeza que vinham aos hotéis para uma manutenção básica;
Neste momento, com os gestores e áreas administrativas em Home Office com redução da jornada e a maioria dos colaboradores operacionais em casa, a preocupação da empresa era dar previsibilidade para todos, manter a transparência (que é um dos valores do Grupo), manter os canais de comunicação abertos e criar novos formatos de relacionamento, para que as pessoas ( dentro das possibilidades) se sentissem cuidadas, protegidas e que a Cultura da valorização das pessoas fosse também percebida por todos mesmo num momento tão delicado e sem previsões.
Em todos os momentos desta fase inicial, foram recebidos feedbacks importantes de que o Grupo Royal Palm Plaza estava mantendo na prática o seu discurso humano, com destaque nas menções para o engajamento e posicionamento do Diretor executivo e das lideranças, frente à preocupação de todos com as respectivas famílias dos colaboradores, que dependiam deste negócio para seu sustento.
Seguimos mantendo a comunicação aberta, cuidando das pessoas em todas as situações problemas que surgiam; Direção, Gestores, RH juntos neste desafio.