Com a necessidade de uma maior agilidade no processo de discussão dos problemas do setor e visando à identificação de propostas factíveis, que possam ser rapidamente implantadas.
Foram abordadas tendências do mercado internacional e suas repercussões e adaptações ao mercado nacional, novas tecnologias (equipamentos e materiais) aliadas à produção, estudos de projetos premiados (cases de sucessos), visou disseminar a informação, capacitar e preparar nossos profissionais para a realidade e as possibilidades que se apresentaram, estimulando o empresariado do setor ao maior conhecimento da realidade das empresas.
Deficiências no setor que precisavam ser corrigidas
O setor moveleiro necessitava de diversas ações para melhorar o seu desempenho que vai desde a capacitação de seus empresários e gestores ao apoio dos órgãos governamentais com políticas de desenvolvimento e cooperação. Precisava de facilidade de acesso aos mercados externo e desenvolvimento do mercado interno, além de aumentar a proximidade da cadeia com o varejo e desenvolver centrais de informações sobre, produtos, mercados e matéria-prima.
FICHA TÉCNICA
O II Congresso Moveleiro Abimovel-Sebrae 2007 foi organizado, sobretudo, para empresários da cadeia produtiva de móveis, sindicatos e entidades ligadas ao setor, instituições governamentais e privadas, universidades, centros tecnológicos; instituições de ensino e pesquisa, além de importadores e designers.
Realizada pela Abimovel o evento contou com cerca de 800 profissionais do setor e estrategicamente aconteceu simultâneamente com a Feria Formobile
? Porte das Empresas presentes: micro, pequenas, médias e grandes empresas;
? Setor: toda a cadeia produtiva - indústria, comércio e serviços;
? Segmento: fabricantes de móveis seriados e sob-encomenda.
No Brasil a indústria apresenta uma produção dispersa por todo o território nacional, sendo que 90% na região sul. Está organizada em diversos pólos, sendo os 7 principais: Grande São Paulo (SP), Bento Gonçalves (RS), São Bento do Sul (SC), Arapongas (PR), Ubá (MG), Votuporanga e Mirassol (SP) .
Mais de 16.000 empresas (RAIS 2003) compõe este segmento, sendo: 12 mil microempresas (até 9 funcionários), que representam 75% do setor, 3.372 pequenas empresas (de 10 a 49 funcionários). Somadas estas 436 médias empresas (de 50 a 99 funcionários) e 304 empresas de grande porte (mais de 100 funcionários). Empresas empregam mais de 195 mil postos de trabalho. Além disso, por volta de outras 16.000 pequenas empresas atuam de forma irregular. Quase na sua totalidade são empresas familiares e de capital nacional.
Há algum tempo, vem ocorrendo à entrada de fabricantes internacionais ? principalmente no segmento de escritórios ? com a aquisição de empresas nacionais e a entrada de produtos chineses, principalmente neste segmento.
As pequenas e microempresas em geral, são marcenarias que se concentram na produção de móveis residenciais de madeira sob encomenda. Na maior parte dos casos, são empresas desatualizadas tecnologicamente, com o design dos seus produtos sendo obtido da simples cópia.
Os estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo representam cerca de 70% da indústria moveleira .
O estado de São Paulo apresentou todos os segmentos desta indústria, sendo que os pólos do noroeste paulista Votuporanga ? 350 empresas gerando 6 mil empregos - e Mirassol ? 80 empresas com 3 mil empregos - se concentram na fabricação de móveis residenciais.
Na Grande São Paulo o maior e mais diversificado pólo do país, reúne aproximadamente 3,8 mil empresas e emprega 5,8 mil trabalhadores. Trata-se de um pólo bastante heterogêneo, divididas em móveis residenciais e para escritório.
A Grande São Paulo é o maior fabricante de móveis para cozinha com 15% sendo seguido por Bento Gonçalves (RS) ? fonte estudo ?Design como fator de competitividade na indústria moveleira? com base no banco de dados do NEIT/IE/UNICAMP.
Nas últimas duas décadas, a indústria moveleira da Grande São Paulo sofreu uma significativa retração, segundo o Sindicato da Indústria de Marcenaria do Estado de São Paulo - Sindimov, que abrange doze municípios da Grande São Paulo. Em 1980, existiam na região abrangida pelo Sindicato 5,6 mil empresas responsáveis pela geração de 30 mil empregos diretos. Atualmente, são 3,8 mil empresas, que empregam 5,8 mil trabalhadores (Arruda, 1997:45).
Com supervalorização do Euro e consequentemente dos móveis italianos, o mercado nacional obteve bons resultados na exportação de móveis nacionais com crescimento em 92% nos últimos 5 anos. Além disso, surge uma grande oportunidade conforme a Abimóvel, a exportação de moveis com valor agregado. Em 2003 o setor faturou US$ 8,8 bilhões, um crescimento que foi reduzido no ano de 2006 com a desvalorização do dólar.
Estudos da Target MKT apresentam um potencial de compra de R$ 20 bilhões entre artigos do lar e mobiliário.