Principal evento do setor de aviação executiva da América Latina, a Labace 2.015 aconteceu com menos pompa que o usual.
Foram 43 aeronaves expostas, menos do que as 52 que estavam no evento do ano passado e bem abaixo das cerca de 70 de 2012, que foi o melhor ano da feira.
O cenário reflete um dos piores momentos da aviação executiva no Brasil.
"Tivemos saída de aviões do Brasil. Com o país em crise e o dólar mais forte, muitas empresas venderam sua frota para fazer caixa", explica Leonardo Fiuza, presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag)
A frota cresceu apenas 1,2% em 2015, para 15.290 unidades.
A expansão foi puxada pela venda de aeronaves turboélices, que são mais baratas que os jatos, e tiveram alta de 3,6% na frota. Já o total de jatos caiu 2,7% em 2015 e sua idade média ficou maior.
A superintendente da Líder, Junia Hermont, explica que nenhum avião novo foi comercializado em 2.015, mas que a venda de usados aumentou. Ela ressalta que a empresa está conseguindo manter o faturamento, de R$ 1 bilhão em 2015, em parte graças à essa novidade do Hondajet.
"É um resultado excepcional nesse cenário", disse.
O HondaJet já é sucesso de vendas antes mesmo de ser liberado. A Honda já tem mais de 100 encomendas pelo jato, inclusive de clientes no Brasil, onde a aeronave tem preço fixado em US$ 4,5 milhões.